5 tradições que você só verá em Arequipa
Arequipa é uma das regiões mais turísticas do Peru. Está localizada no sul do Peru, no meio da Cordilheira dos Andes. Devido ao seu passado pré-inca, inca e colonial. Assim, hoje existem várias tradições na ‘Cidade Branca’ que sobreviveram ao longo do tempo. Destacam-se: a peregrinação da Virgem de Chapi, a dança do wititi, as construções em silhar, a procissão dos ossos insepultos em Cayma e também as famosas picanterías de Arequipa. Saiba mais sobre essas tradições e aspectos culturais de Arequipa.
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As ‘picanterías’ de Arequipa
As picanterías de Arequipa são os ‘templos’ da gastronomia local. Lá, os pratos típicos da região são preparados ‘à moda antiga’: pimenta recheada, adobo, pirulito de camarão, bolo de batata, salada de pés e muito mais. Esses deliciosos pratos são sempre acompanhados por drinks tradicionais como chicha de jora e frutillada.
As picanterías devem seu nome ao fato de que muitos dos pratos típicos da Arequipa utilizam a pimenta picante ají como ingrediente para temperar os guisados. As picanterías de Arequipa são reconhecidas como Patrimônio Cultural da Nação desde 2014. Esses lugares podem ser encontrados em toda a cidade, em seus mercados, centro histórico e bairros.
- Onde ir? As picanterías mais famosas da cidade são ‘La nueva Palomino’, ‘La Lucila’, ‘La Benita’ e ‘Laurita Cau Cau’.
- Quanto custa? Os preços por prato variam de 7 a 40 soles peruanos.
A dança dos witititi
A dança wititi é uma das manifestações culturais mundialmente conhecidas de Arequipa. Em 2015, a Unesco o declarou Patrimônio Imaterial da Humanidade. Esta dança está presente nas principais festas do Vale do Colca, especialmente nas localidades da província de Caylloma (Chivay, Sibayo e Tapay).
As origens da dança remontam aos tempos pré-incas. Trata-se da representação das etnias locais originárias: os Collagua e a Cabana. Os trajes e expressões da dança sobreviveram por vários séculos. Seu nome se deve ao protagonista da coreografia: o wititi (homem vestido com defeitos femininos sobrepostos).
- Onde ir? No Vale do Colca, especialmente nas cidades de Chivay, Sibayo e Tapay.
- Quanto custa? Durante os festivais tradicionais, a observação desta dança é gratuita.
A peregrinação da Virgem de Chapi
Este festival religioso também é reconhecido como Patrimônio Cultural da Nação (em 2012). A razão é que a peregrinação e os aspectos culturais que a rodeiam remontam à época colonial. A véspera é 30 de abril. O dia central é 1º de maio. Milhares de devotos visitam seu santuário, localizado no deserto de Chapi todos os anos.
As origens deste festival religioso remontam ao início do século XVII. A imagem da Virgem Candelária foi transferida para o deserto de Chapi. Devido às referências a milagres no local, o santuário de Chapi rapidamente se tornou um local de culto. Hoje é comemorado com mostras de fé, feiras gastronômicas, procissões e muito mais.
- Onde ir? No Santuário Chapi, distrito de Polobaya (90 quilômetros da cidade de Arequipa).
- Quanto custa? Apreciar as festividades é gratuito para todos.
As construções de silhar
Arequipa também é chamada de ‘Cidade Branca’. A razão para este apelido são suas dezenas de edifícios feitos com a pedra vulcânica ‘silhar’ dos vulcões Chachani, Pichu Pichu e o famoso vulcão Misti. O Centro Histórico da cidade é onde mais construções de silhar podem ser vistas: a Catedral, a Companhia de Jesus, o bairro de São Lázaro e muito mais.
Uma das melhores maneiras de apreciar os edifícios de silhar em Arequipa é fazer a ‘rota de silhar’. Este passeio inclui uma visita às pedreiras de: Añashuayco, Cortadores, Rosado e Culebrillas. Existem bancos de silhar onde foram feitas esculturas. O percurso dura aproximadamente 4 horas. Você pode contratar passeios no Centro Histórico da cidade.
- Onde ir? No Centro Histórico da cidade de Arequipa e nas pedreiras de Añashuayco (13 quilômetros da Praça Principal).
- Quanto custa? A visita ao Centro Histórico da cidade de Arequipa é gratuita. O passeio chamado ‘A rota da silhar’ custa aproximadamente 40 soles.
A procissão de ossos não enterrados
No distrito de Cayma (a 7,5 quilômetros do centro de Arequipa), os habitantes mantêm uma tradição com mais de 200 anos todos os anos. É sobre a ‘Procissão dos Ossos Insepultos’, também chamada de ‘Festa das Almas’. Esta cerimônia consiste em recolher os ossos dos não enterrados do cemitério. Eles são carregados em procissão e enterrados em um cemitério cristão.
As origens desta estranha tradição remontam aos tempos coloniais. A cerimônia foi precedida pelo famoso San Miguel de Cayma, um esqueleto da freguesia local com olhos de vidro, uma foice no braço e um chapéu de azulejo verde. Hoje a ‘Fiesta de las almas’ é realizada na paróquia de San Miguel Arcángel de Cayma. Centenas de pessoas se aglomeram no cemitério do distrito.
- Onde ir? No distrito de Cayma, a 7,5 quilômetros da Praça Principal em Arequipa.
- Quanto custa? A apreciação desta tradição é gratuita para todos.
Por Machupicchu Terra – Ultima atualização, novembro 29, 2021