8 espécies famosas do Peru que você deveria conhecer

O Peru possui uma fauna diversificada com espécies nativas que vale a pena conhecer. Essa diversidade se deve às diferentes geografias existentes no país: com uma grande faixa marinha, uma costa desértica, altas montanhas, picos nevados, punas, florestas tropicais e uma grande extensão da Amazônia. Algumas das espécies mais populares são: o urso de óculos, o galo da rocha, o condor andino e muito mais. Conheça os 8 mais famosos!

8 espécies famosas do Peru que você deveria conhecer
8 espécies famosas do Peru que você deveria conhecer



O urso de óculos

O urso de óculos
O urso de óculos

O urso de óculos (Tremarctos ornatus) é um dos mamíferos mais emblemáticos do Peru por ser a espécie de urso característica do continente sul-americano. Também habita as florestas tropicais da Venezuela, Colômbia, Equador, Bolívia e Argentina. Tem uma altura máxima de 1,8 metros (em pé) e um peso de até 110 quilos na idade adulta.

O urso de óculos é caracterizado por ter duas manchas brancas ao redor dos olhos (semelhantes a óculos). Sua pelagem é preta com cabeças grandes e pés robustos com garras que os permitem escalar árvores. O urso de óculos está presente em algumas edições da moeda peruana nuevo sol. Esta espécie é protegida no Peru e em outras regiões da América do Sul por estar em situação de vulnerabilidade.

  • Habitat: Habita as florestas tropicais do Peru, Argentina, Bolívia, Equador, Colômbia e Venezuela.
  • Estado de conservação: Espécies vulneráveis.

O galo das pedras

O galo das pedras
O galo das pedras

O galo das rochas (Rupicola peruvianus) é uma das aves mais emblemáticas do Peru. Habita as florestas tropicais rochosas do Peru, Venezuela, Colômbia e Equador. Como o próprio nome sugere, nidifica nas rochas escarpadas e alimenta-se dos frutos das árvores altas. O macho tem plumagem vermelho escuro e preto, bem como uma crista na cabeça. A fêmea tem uma cor opaca.

O galo das rochas é popularmente chamado de tunqui desde os tempos dos incas (língua quíchua). Tem uma altura de 32 centímetros no máximo. Pode viver até 7 anos. São difíceis de observar devido à sua natureza indescritível e por habitarem as rochas altas. Suas cores marcantes atraem seus predadores: cobras, águias, falcões e, claro, o homem. Seu status de ameaça é atualmente de menor preocupação.

  • Habitat: Habita as florestas tropicais rochosas do Peru, Colômbia, Equador, Venezuela e Peru.
  • Estado de conservação: Espécie de menor preocupação.

Vicunha

Vicunha
Vicunha

A vicunha (Vicugna vicugna) é um dos quatro camelídeos que habitam o Peru junto com a lhama, a alpaca e o guanaco. Ao contrário da lhama e da alpaca, não é uma espécie domesticada. Também habita as regiões andinas do Chile, Equador, Bolívia e Argentina. Caracteriza-se por sua pelagem bege macia e fina. Mede no máximo 80 centímetros e pode chegar a 50 quilos.

A vicunha é uma das espécies mais vulneráveis do Peru devido à finura e alto custo de sua lã. Durante a conquista espanhola sua população foi drasticamente reduzida (os incas extraíam sua lã mas mantinham o animal). Hoje estima-se que existam duzentos mil espécimes em território peruano. Hoje é uma espécie cujo estado de conservação é ‘pouco preocupante’.

  • Habitat: Peru e as geografias andinas da Argentina, Chile, Equador e Bolívia.
  • Estado de conservação: Espécie de menor preocupação.

Golfinho do rio

Golfinho do rio
Golfinho do rio

O boto-cinza (Inia geoffrensis) é uma espécie de mamífero cetáceo da família Inidae que habita a bacia do rio Amazonas no Peru, Brasil, Venezuela, Colômbia e Bolívia. Sua principal característica é a cor rosa, assim como seu caráter inteligente, curioso e social. Também é chamado de boto, tonina ou bufeo. Não está relacionado com o golfinho-do-mar, pois sua linhagem divergiu há cerca de quinze milhões de anos.

Infelizmente o boto está em perigo de extinção. Alguns estudos indicam, inclusive, que suas espécies podem se extinguir em cinquenta anos. Eles podem atingir até 2,5 metros e pesar no máximo 185 quilos. O rosado em seu corpo é a principal característica do macho adulto. No Peru pode ser visto principalmente nos rios Ucayali e Amazonas nas regiões de Ucayali, Loreto e San Martín.

  • Habitat: As bacias do rio Amazonas no Peru, Brasil, Venezuela, Colômbia e Bolívia.
  • Estado de conservação: Espécies em extinção.

Cachorro sem pelo peruano

Cachorro sem pelo peruano
Cachorro sem pelo peruano

O viringo ou cão sem pelo peruano (Canis lupus familiaris) é uma raça de cão nativa do Peru, também reconhecida como Patrimônio do país. É considerado um cão primitivo, ou seja, uma raça pura, pois é representado nos huacos pré-incas de mais de oito séculos atrás. Sua principal característica, como o próprio nome indica, é a ausência de pelos nas costas, exceto (em alguns casos) na cabeça, cauda e raramente nas costas.

O cão sem pelo peruano também é chamado de cão calato, cão chimú, cão inca ou simplesmente cão peruano. Tem uma altitude que pode chegar a 65 centímetros. Seu peso pode chegar a 25 quilos. Sua presença foi encontrada nas culturas Chancay, Vicus, Mochica, Tiahuanaco, Sicán, Chimú e Inca. Hoje é um dos animais de estimação preferidos pelas famílias peruanas. Sua preservação é de menor preocupação.

  • Habitat: As casas do Peru (nativo), embora sua criação também seja encontrada em outros países da América do Sul, América do Norte e Europa.
  • Estado de conservação: Espécie de menor preocupação.

Condor andino

Condor andino
Condor andino

O condor andino (Vultur gryphus) é uma das aves mais simbólicas do Peru. É nativa da Cordilheira dos Andes em países como Venezuela, Colômbia, Equador, Bolívia, Chile, Argentina e Peru. Caracteriza-se por suas grandes dimensões (até 1,42 metros de altura e 3,30 metros de envergadura), sendo, depois do albatroz, a maior ave voadora do mundo.

O condor andino é um necrófago. Seu grande sentido de visão e olfato lhe permite obter comida de grandes alturas. Tem penas pretas com algumas penas brancas, mas com pescoço branco nas fêmeas. Ele também tem uma crista vermelha na testa. Pode voar em montanhas de 6.000 metros de altitude, mas também descer ao nível do mar. Foi considerado um pássaro sagrado para a cultura Inca.

  • Habitat: Peru e as geografias da Cordilheira dos Andes na América do Sul.
  • Estado de conservação: Espécies vulneráveis.

Pinguim de humboldt

Pinguim de humboldt
Pinguim de humboldt

O pinguim de Humboldt (Spheniscus humboldti) é uma espécie de pinguim que se caracteriza por habitar as correntes frias de Humboldt do Peru e do Chile (nome que se refere ao cientista alemão Alexander von Humboldt) no Oceano Pacífico. Raramente é avistado ao largo da costa da Colômbia e do Panamá, pois adapta-se a altas temperaturas (até 30ºC), mas com águas oceânicas frias.

O pinguim de Humboldt pode medir entre 56 e 72 centímetros de comprimento, enquanto seu peso pode chegar a 4,9 quilos. Caracteriza-se pelo seu tamanho curto, plumagem preta e branca com uma mancha carnuda rosa ao redor dos olhos e na parte de trás do bico. Sua dieta é baseada em peixes e crustáceos. Atualmente sua conservação é considerada vulnerável.

  • Habitat: Habita as costas marinhas frias do Peru e do Chile (corrente de Humboldt).
  • Estado de conservação: Espécies vulneráveis.

O colibri de cauda de espátula

O colibri de cauda de espátula
O colibri de cauda de espátula

O beija-flor rabo-de-espátula (Loddigesia mirabilis) é uma ave endêmica do Peru que habita as florestas do norte do Peru, especialmente no alto vale do Utcubamba (departamento do Amazonas). Seu nome vem da forma fascinante de sua cauda com quatro pontas (semelhante a uma espátula) que variam em diferentes cores iridescentes. Por isso também é chamada de ave mais bonita do mundo.

O beija-flor rabo-de-espátula pode medir 15 centímetros e ter um peso máximo de 40 a 70 gramas. Tem uma cabeça azul com penas verdes na garganta. O corpo tem cores de chumbo e preto. Alimenta-se principalmente de néctar de flores, insetos e, como outros beija-flores, desempenha papel fundamental como polinizador. Atualmente encontra-se em situação de perigo.

  • Habitat: Habita as florestas tropicais do norte do Peru, especialmente no vale do alto Utcubamba (no departamento do Amazonas).
  • Estado de conservação: Espécies em extinção.

 

Por Machupicchu Terra – Ultima atualização, agosto 10, 2023


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